A "Chama da Solidariedade" passou, na última quarta-feira, pelo município de Anadia, onde foi recebida em grande festa.

A propósito do evento, o autarca Litério Marques sublinharia que a passagem da "Chama" por Anadia mostra que o município sabe ser solidário e que a solidariedade não é uma palavra vã no concelho que lidera.

Um concelho, de resto, onde existe um considerável número de IPSS’s que desempenham um papel preponderante no apoio aos mais carenciados e a várias faixas etárias.

A "Chama" entrou no concelho de Anadia, no IC2, no Peneireiro, onde foi entregue aos responsáveis pelo Centro Social de Nª Sª do Ó de Aguim que a transportaram até à Praça do Município. No percurso, a "Chama" foi sempre acompanhada por militares da GNR, a cavalo. A aguardá-la, no centro da Praça do Município, uma grande festa que contou com a participação da quase totalidade das IPSS’s do concelho.

Uma multidão que integrou crianças e idosos, mas também muitos curiosos, apanhados de surpresa à sua passagem. Todos juntos participaram num momento único e de grande confraternização.

Após a recepção da "Chama" decorreram, no centro da cidade, algumas actividades simbólicas, com o objectivo de assinalar a sua passagem. Assim, para além da actuação do grupo de Cantares "Sons de Avelãs", houve uma largada de balões protagonizado pelos utentes das diversas instituições do município.

País mais solidário. Luís Agostinho, presidente do Centro Social Nª Sª do Ó de Aguim, destacaria que iniciativas deste género ajudam a despertar consciências e alertar a população e as IPSS’s para a questão da solidariedade. Consciente de que o país, em tempos de crise, poderia ser mais solidário, admite que a "Chama" poderá contribuir para alertar a população em geral para vários tipos de carências e problemas sociais que se verificam no país, alertando o próprio poder político para fazer mais e melhor na área social.

Despertar consciências. A JB Agostinho Silva, coordenador da equipa da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS), promotora da iniciativa, avançaria que a "Chama" pretende despertar consciências para a problemática da solidariedade social em Portugal, assim como representa o empenho solidário do povo português.

A "Chama", que percorre todo o país, seguiu depois para Águeda, Albergaria-a-Velha, Oliveira de Azeméis, São João da Madeira e Santa Maria da Feira. A "Chama" percorreu cerca de 470 quilómetros, ao longo de nove dias. Iniciou o percurso a 19 de Setembro, em Lisboa, e terminou em Barcelos, no dia 27.

Catarina Cerca

catarina@jb.pt